Ser ou não ser? Eis a penosa questão
As larvas perfuram teu vil mausoléu
Cova de perdição, serpentário dilacerado
Tua morte será mil vezes festejada
Arde o coração de maldade
Violenta besta
Corja de odiadores das sílabas flamejantes
As palavras atravessam-lhe como espadas de prazer
Divina loucura, ode à arte funérea
Frases mortas sem viço, sem cor
Erguem os cavalheiros
De cuja armadura exerbam palavras
Envoltas de arte lírica
Teus escudos folhas de papel
Que tomam fôlego de vida após a escrita
Espada de poetismo, literatura imortal
Herói desbravador de palavras
Mar de beleza terrena
Orvalho de sonetos amorosos
Vozes de musas gregas
Mistura de Afrodite e Atenas
Batalha de ortografia e gramática
Contra os divinos adestradores
Das palavras que ressoam vivas
Por-do-sol lírico
Cuja arpa entoa a melodia
Da sublime arte de escrever.
AUTOR: Tales S. Pereira
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