MEU MUNDO DE PALAVRAS...

      screver é uma prazerosa arte, de lidar com o imprevisível, de retratar o impossível, de fugir e inventar o visível, de materializar o invisível. Tudo o que se cria foge para um mundo onde possa ser realizado, onde possa ganhar forma e vida, onde encontre um espaço para seus personagens e ações. Eis a cabeça do leitor, a "grande vítima" das palavras, elas o rondam, o perseguem até persuadí-los e fazê-lo refém de suas tramas e versos. Vendo o poder das palavras, vi a possibilidade de também criar um mundo, e fazê-las minhas companheiras. Difícil missão, para ser poeta tem de levar um pesado cargo, um que um certo iatabirano revelou. E foi num sonho... Quando nasci um anjo, desses que vivem na sombra, disse:-Vai Tales ser gauche na vida!!!! E a isto me reduzi, fadado ao crime e castigo de ser poeta torto,assim como aquele mineirinho itabirano. E desde então, tenho oferecido a minha vida como um servo das palavras, contemplando o seu poder, e parado no tempo perplexo com o seu poder exclamei com Cecília: - Ai palavras, ai palavras, que estranha potência a vossa!É num momento de êxtase, nem ritus de ourives, vou escupindo na áspera página em branco, as palavras ardentes, intensas, inquietas, vívidas. E foi assim que descobri, junto com Clarice, um dos propósitos de escrever:"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada." Eis a minha missão, relatar o que a vida me propõe, momentos de insania e lucidez, momentos de tristeza e alegria, um jogo de luz e sombra, o vôo de uma borboleta, uma gota de água... Enfim, relatar o que cada palavra de trouxer de obrigação... E trazer a cada leitor a beleza de meu ofício!!! 
SEJAM BEM-VINDOS AO MEU
                                               
                                      
                               

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

SHAKSPEARE ATORDOADO


Ser ou não ser? Eis a penosa questão
Fúnebre e obscura
As  larvas perfuram teu vil mausoléu
Cova de perdição, serpentário dilacerado
Tua morte será mil vezes festejada
Arde o coração de maldade
Violenta besta
Corja de odiadores das sílabas flamejantes
As palavras atravessam-lhe como espadas de prazer
Divina loucura, ode à arte funérea
Frases mortas sem viço, sem cor
Erguem os cavalheiros
De cuja armadura exerbam palavras
Envoltas de arte lírica
Teus escudos folhas de papel
Que tomam fôlego de vida após a escrita
Espada de poetismo, literatura imortal
Herói desbravador de palavras
Mar de beleza terrena
Orvalho de sonetos amorosos
Vozes de musas gregas
Mistura de Afrodite e Atenas
Batalha de ortografia e gramática
Contra os divinos adestradores
Das  palavras que ressoam vivas
Por-do-sol lírico
Cuja arpa entoa a melodia
Da sublime arte de escrever.

AUTOR: Tales S. Pereira






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