Oh! Morte... porque me abandonas
De minha dor que a profana
De minha demência, desgraça e...
Luxúria... Luxúrias... Podridão
Peste destruidora, mísero cadáver
Julgar? Amargamente julgado
Perjúrio? Já sentiu nojo de você
Maldição? Realidade e martírios
Tal obscuridade não é capaz de nomear
O fétido não é objeto direto
Impuro não é sobrenome
Podre... Podre... Podre... Podre!!!
Enfadonho destino
Amargamente me condena por ser vivo
Sinto o nojo dos vermes que perfuram meu
dubitável caráter
Transpassar espinhos de dor
Sofrer, meu último grande prazer
Fantasmas frívolos rondam
Na noite oblonga e distinta
Senhora do silêncio mortal
Me olha com desprezo materno
Porque sofrer assim?
Morrer é solução!!!
Véu de divina messalina
Jamais nesta inabitável carcaça
Irei provar...
Impuro sou
Demasiadamente impuro!!!
Não á redenção, pra minha insana consciência
Será que á redenção pra essa escória humana?
Lanço uma última prece ao meu leito
Existe então redenção?
Sim, sim... Há redenção pra essa escória humana
Sinto o ardor de uma nova vida chegar
Abandonar meu rotineiro caos
E seguir a tão misteirosa luz
Deixar de morto vivo
E retomar fôlego de vida
As marcas serão oráculos
Estigmas lições dolorosas
Longo processo de tranformação
Metamorfoseando em luz
Dissipando escuridão
Serei nova criatura
Conjurada de novos valores
Vida... Vida... Vida....
Recomeço trivial...
AUTOR: Tales S. Pereira
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