" Amor é antes de tudo um ato de egoísmo, quando não o é, é apenas fascínio ou ilusão, amar uma pessoa mais que a você mesmo acarreta em mágoa e
frustração." (TALES)
"Das muitas vezes que me pergunto: - Quem sou? - as muitas vezes finjo que me respondo, com medo de que o nada seja a resposta."(TALES)
"As vezes me sinto tão mais humano, outrora passível de toda culpa, outrora passível de toda graça." (TALES)
"Rasguei-me em vários pedaços, queria reiventar-me, acabei todo surrealista. Onde está o meu coração? Foi pedaço pra todo lado." (TALES)
"Para cada pessoa que julgamos existe um erro que se esconde em nós e se acentua nos outros."(TALES)
"Quando escrevo um imenso mundo se abre dentro de mim, perco-me nesta grandeza, encontro-me neste indefinível prazer de sentir-me criador."(TALES)
" No ato de escrever encontro razões de vida, é divino o momento que temos a certeza de sermos criadores, um pedaço da nossa alma parece transcrita naquele lapso de inspiração e magia. Escrever é como voar num céu sem limites, com o desejo de ser feliz..." (TALES)
MEU MUNDO DE PALAVRAS...
screver é uma prazerosa arte, de lidar com o imprevisível, de retratar o impossível, de fugir e inventar o visível, de materializar o invisível. Tudo o que se cria foge para um mundo onde possa ser realizado, onde possa ganhar forma e vida, onde encontre um espaço para seus personagens e ações. Eis a cabeça do leitor, a "grande vítima" das palavras, elas o rondam, o perseguem até persuadí-los e fazê-lo refém de suas tramas e versos. Vendo o poder das palavras, vi a possibilidade de também criar um mundo, e fazê-las minhas companheiras. Difícil missão, para ser poeta tem de levar um pesado cargo, um que um certo iatabirano revelou. E foi num sonho... Quando nasci um anjo, desses que vivem na sombra, disse:-Vai Tales ser gauche na vida!!!! E a isto me reduzi, fadado ao crime e castigo de ser poeta torto,assim como aquele mineirinho itabirano. E desde então, tenho oferecido a minha vida como um servo das palavras, contemplando o seu poder, e parado no tempo perplexo com o seu poder exclamei com Cecília: - Ai palavras, ai palavras, que estranha potência a vossa!É num momento de êxtase, nem ritus de ourives, vou escupindo na áspera página em branco, as palavras ardentes, intensas, inquietas, vívidas. E foi assim que descobri, junto com Clarice, um dos propósitos de escrever:"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada." Eis a minha missão, relatar o que a vida me propõe, momentos de insania e lucidez, momentos de tristeza e alegria, um jogo de luz e sombra, o vôo de uma borboleta, uma gota de água... Enfim, relatar o que cada palavra de trouxer de obrigação... E trazer a cada leitor a beleza de meu ofício!!!
SEJAM BEM-VINDOS AO MEU
domingo, 28 de agosto de 2011
segunda-feira, 21 de março de 2011
MEU MUNDO DE PALAVRAS
Escrever é uma prazerosa arte, de lidar com o imprevisível, de retratar o impossível, de fugir e inventar o visível, de materializar o invisível. Tudo o que se cria foge para um mundo onde possa ser realizado, onde possa ganhar forma e vida, onde encontre um espaço para seus personagens e ações. Eis a cabeça do leitor, a "grande vítima" das palavras, elas o rondam, o perseguem até persuadi-los e fazê-los refém de suas tramas e versos.
Quando se escreve compõe-se um mundo onde tudo é passível de reinvenção, aliás, a vida é um exercício de reinvenção. Quando se coloca as essências da vida no branco do papel, tudo se transforma num incerto de várias possibilidades, o logro de ser escritor está na capacidade de não se limitar. Faz-se do verso a mão amiga, a lágrima rolada, o passo dado, a pedra atirada. Tudo é motivo de escrita, fato de beleza e arte.
O escritor também é um sádico, nas palavras de Pessoa é um fingidor. Finge a pena e a tristeza, finge a dor e o lamento, finge a alegria e a paixão. Mas quem garante Pessoa, que de profundamente fingido, não se torne verdadeiramente sentido? Ah! Como muitas vezes nos cortam as palavras de tristeza, nos torturam as palavras de agonia, nos felicitam as palavras de carinho, nos escravizam as palavras de amor.
Pobre é a sina do poeta, pois é da dor mais intensa que nasce o mais lindo poema. Revela-se um exímio alquimista de sentimentos, mutáveis e enigmáticos. O que guarda o coração do poeta? De quanta paixão se resguarda? De que palavras se descrevem?
Vendo o poder das palavras, vi a possibilidade de também criar um mundo, e fazê-las minhas companheiras. Difícil missão, para ser poeta tem de levar um pesado cargo, que um certo iatabirano revelou. E foi num sonho... Quando nasci um anjo, desses que vivem na sombra, disse:- Vai Tales ser gauche na vida!!!! E a isto me reduzi, fadado ao crime e castigo de ser poeta torto, assim como aquele mineirinho itabirano.
E desde então, tenho oferecido a minha vida como um servo das palavras, contemplando o seu poder, e parado no tempo perplexo com o seu poder exclamei com Cecília: - Ai palavras, ai palavras, que estranha potência a vossa!É num momento de êxtase, nem ritus de ourives, vou esculpindo na áspera página em branco, as palavras ardentes, intensas, inquietas, vívidas. E foi assim que descobri, junto com Clarice, um dos propósitos de escrever: "Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada." Eis a minha missão, relatar o que a vida me propõe, momentos de insânia e lucidez, momentos de tristeza e alegria, um jogo de luz e sombra, o vôo de uma borboleta, uma gota de água... Enfim, relatar o que cada palavra de trouxer de obrigação... E trazer a cada leitor a beleza de meu ofício!!!
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
SÓ SE AMA QUEM ESTÁ POR PERTO? [ MEU PRIMEIRO POEMA]
Só se ama quem está por perto?
Ou será que se ama sozinho?
Acho que o amor se ama com uma foto
Uma carta ou até uma tiara
Será que o amor tem casa?
Ou será que tem apartamento?
Será que o amor é uma pessoa?
Ou será um animal?
Acho que o amor é uma dimensão
Onde cada vez que mais se ama
Mais se vai explorando
O amor é comestível?
Ou será uma bebida?
Acho que o amor desperta alegria
tristeza e emoção.
Tales S. Pereira- 9 anos
VAGO
Vago é o meu espaço
No vácuo vento disperso
Vago na vértice do ponto
Conto de estórias vago
Vago é o meu pensamento
Sentimento de amores vago
Desamores de vida: fato!
Na alma de um sofredor nato
Vago é o meu horizonte
Caronte nele navega
Vago é o meu corpo que se entrega
Voa no vago do monte
Vaga é a minha vida vazia
Vasta vagueia vazante
Rasante de feitos errantes
Reflete se de cheia: o que faria?
Vago é o meu vago
Fátuo de glórias! Meu ego!
De imensas faces me faço
Completo o vasto de meu vago...
Tales S. Pereira
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
POR QUE SONHAMOS?
SE ME PERGUNTAM UMA COISA DESTAS
SOFRO DE IMEDIATO UMA SÍNCOPE
NA VIDA QUEM NUNCA SONHOU?
QUEM NUNCA PROVOU OU PROVA
DESTE DELICIOSO EXERCÍCIO
O SONHO NUTRE A ALMA
FASTIGADA DE TRISTEZAS
MORTA DE DECEPÇÕES
ALVEJADA DE ANGÚSTIAS
E O SONHO TRAZ PARA ESTA POBRE
SOMBRA A LUZ DE EXISTIR
UM"ALGO MAIS" QUE É CALOROSO
UMA FANTASIA QUE É ESSENCIAL
PARA QUEM VIVE
SONHAR NÃO FAZ MAL
E ATRAVÉS DA PERSISTÊNCIA
PODE VIRAR REALIDADE
O SONHO TRAZ LEVEZA
REVELA A PUREZA QUE CADA UM TEM GUARDADO DENTRO DE SI
E MUITAS VEZES NÃO SABE QUE EXISTE
POR QUE EU SONHO?
SIMPLES, PORQUE ACREDITO NA VIDA
E TENHO UMA ALMA FAMINTA PARA DELICIAR
UM BRINDE AO SONHO!!!
TALES S. PEREIRA
SOFRO DE IMEDIATO UMA SÍNCOPE
NA VIDA QUEM NUNCA SONHOU?
QUEM NUNCA PROVOU OU PROVA
DESTE DELICIOSO EXERCÍCIO
O SONHO NUTRE A ALMA
FASTIGADA DE TRISTEZAS
MORTA DE DECEPÇÕES
ALVEJADA DE ANGÚSTIAS
E O SONHO TRAZ PARA ESTA POBRE
SOMBRA A LUZ DE EXISTIR
UM"ALGO MAIS" QUE É CALOROSO
UMA FANTASIA QUE É ESSENCIAL
PARA QUEM VIVE
SONHAR NÃO FAZ MAL
E ATRAVÉS DA PERSISTÊNCIA
PODE VIRAR REALIDADE
O SONHO TRAZ LEVEZA
REVELA A PUREZA QUE CADA UM TEM GUARDADO DENTRO DE SI
E MUITAS VEZES NÃO SABE QUE EXISTE
POR QUE EU SONHO?
SIMPLES, PORQUE ACREDITO NA VIDA
E TENHO UMA ALMA FAMINTA PARA DELICIAR
UM BRINDE AO SONHO!!!
TALES S. PEREIRA
sábado, 5 de fevereiro de 2011
MINHA MATÉRIA
Compus-me de elementos errados
Em busca de ideal de vadiagem
Encontrei sonhos selados
E atirei-me ávido na miragem
Na gula do erro abusei
Para não matar minha fome de pão
E toda a minha castidade fora atirei
Para quebrar todas a regras do não
Na torta estrada da vida encontrei
A fórmula de não ser perfeito
-Pronto, outro corpo então farei-
Exclamei, ele é o eleito!
E vi nascer um torto anjo
Tão louco como o original
As asas de pronto arranjo
Só não arrumo o ar divinal
E ele não foi o prometido
Usurpou-me o coração
Alegou-me que não o tinha merecido
Fatal distração
Não conseguiu meu coração
Furioso rasgou-se por inteiro
Esperava por mim comoção
Desfez-se como horizonte no veleiro
Então aprendi de que matéria me formei
Não foram de preciosos elementos
E então da lista da perfeição me risquei
Rasguei também a lista dos lamentos
Escrevi uma nova receita a contento:
"Sou feito da matéria bruta, do diamante às vezes lapidado,
mas que nunca perde sua essênciaSou feito astro errante, que anda com o sonho no peito
e não sabe a hora de cair"
Tales S. Pereira
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
FAÇANHAS DE UMA TRAVESSA
Em teus olhos de sapeca e mimosa
Traço o paralelo de suas viagens
Sabes ser perigosamente tortuosa
Arrecada por tuas formas, grandes vantagens
Faz do mundinho dos outros seu inferno astral
Aposta de graça o sortilégio alheio
Mas em teu ser não há nada de mal
E brincas sorrateiramente neste altivo devaneio
E manipulas o coração como médico do faz-de-conta
Realizas as mais diversas diabruras
Mas se ofende não se mete em afronta
Disfarça com suas táticas de candura
Nas tuas tramas se encontram os doces carinhos
Mas se encontra um coração amado, o viras às avessas
Produz essências de encanto, com seu viciante cheirinho
Sempre acabas recolhendo corações,terna travessa
Traço o paralelo de suas viagens
Sabes ser perigosamente tortuosa
Arrecada por tuas formas, grandes vantagens
Faz do mundinho dos outros seu inferno astral
Aposta de graça o sortilégio alheio
Mas em teu ser não há nada de mal
E brincas sorrateiramente neste altivo devaneio
E manipulas o coração como médico do faz-de-conta
Realizas as mais diversas diabruras
Mas se ofende não se mete em afronta
Disfarça com suas táticas de candura
Nas tuas tramas se encontram os doces carinhos
Mas se encontra um coração amado, o viras às avessas
Produz essências de encanto, com seu viciante cheirinho
Sempre acabas recolhendo corações,terna travessa
Tales S. Pereira
GALÁXIA DE AMOR
Vejo-a no meu céu de sentimento
Percorre os caminhos galácticos
Seus cabelos perfazem os leves arfares do vento
Deixas os astros com inveja pobres fanáticos
Flutua na galáxia de esplendor
Orbita no espaço enamorado
Deixas minha alma em torpor
Sorriso fatal, brilho ensolarado
Faz-me se cometa, viaja em minha chama de emoção
Descobri os segredos do universo
Explode e em amor e efervescência, destrói o orbe do coração
Sede inspiração para a loucura do meu verso
Meu lindo corpo celeste, de que fenômeno nasceu?
Num Big Ben acelerado, arde minha vontade
Vejo teu corpo em pura luz, vejo que já transcendeu
Vejo-me ligado em tua fatalidade
Unimo-nos em grandes explosões cósmicas de intensidade
Fica em minha galáxia de amor latente
Roubo os anéis de Saturno em tua fidelidade
Acaricio o teu delicioso quarto crescente
Não seja finita com bilhões de anos
Mas seja infinita com sua dezena de qualidades
Em teu capricho fico louco, insano
Mas vou ao desconhecido pela sua vaidade
Está descrito nos pontos do céu
Sua jovialidade, ternura de mulher
Sinto tua doçura diáfana, desliza como mel
És tu minha estrela de calor, flor de bem-me-quer
Tales S. Pereira
SACERDOTISA DE AVALON
Presto reverência à tua imagem sacerdotal
Cúmplice de teu sacro ritual, oculta a tua imagem
Tem o poder dos encantos, semblante divinal
Sob o véu está oculto, sua bruma é miragem
Cumpre os votos e ritos, num fervor clerical
Eleva teus poderes, escreve o futuro em sua visagem
Proclama a força da Mãe Terra, toma o orvalho matinal
Sobe na barca, diz a palavra, que na névoa abre passagem
Festeja com união a dualidade do sexo
Arde numa loucura de paixão, prazer absoluto
Pratica as artes da feitiçaria, Logos sem nexo
E marcha em penitente gozo, ruma o Gamo dissoluto
Áureas são as tuas vestes, véu de esplendor e graça
Evoca o calor e o poder, que jorra do Poço Sagrado, delírio que emana
Nenhum homem resiste aos teus poderes, sua beleza os enlaça
Silêncio e respeito iniciem o ritual,O RITO DA FOGUEIRA INSANA.
Cúmplice de teu sacro ritual, oculta a tua imagem
Tem o poder dos encantos, semblante divinal
Sob o véu está oculto, sua bruma é miragem
Cumpre os votos e ritos, num fervor clerical
Eleva teus poderes, escreve o futuro em sua visagem
Proclama a força da Mãe Terra, toma o orvalho matinal
Sobe na barca, diz a palavra, que na névoa abre passagem
Festeja com união a dualidade do sexo
Arde numa loucura de paixão, prazer absoluto
Pratica as artes da feitiçaria, Logos sem nexo
E marcha em penitente gozo, ruma o Gamo dissoluto
Áureas são as tuas vestes, véu de esplendor e graça
Evoca o calor e o poder, que jorra do Poço Sagrado, delírio que emana
Nenhum homem resiste aos teus poderes, sua beleza os enlaça
Silêncio e respeito iniciem o ritual,O RITO DA FOGUEIRA INSANA.
Tales S. Pereira
domingo, 2 de janeiro de 2011
A VINGANÇA DE ESPECTRO- PROJETO DE LIVRO
PRÓLOGO
Em meio à cidade escura e sitiada, onde o submundo encontrava forma, Espectro rondava com uma sede de vingança oculta as normas sociais. Rastreava um alvo pouco definível, mas que lhe revelaria a dor de um passado distante. Ao falar em passado restava a Espectro um grande abismo de incertezas, o que gradualmente aumentava o seu instinto de vingança. Sob a chuva decadente, os vultos do passado o forçavam a travar aquela batalha, uma batalha contra o desconhecido...
Nem tão desconhecido... Ao revirar o seu mundo de lembranças diáfanas, uma tomava destaque... O sangue jorrava na sala de estar, pouco a pouco avançava sobre os ladrilhos, até alcançar uma pobre criancinha, debaixo do sofá, manchando sua roupa branca celeste... Vendo o corpo sendo arrastado, desprendia-se de sua garganta um grande grito: - Pai!
Um altivo trovão interrompera o seu momento de torpor, o seu alvo fora identificado. Apesar de mascarado pela ação do tempo, o seu coração o cortava de agonia e luto. Sentia que aquele homem teria as respostas para o seu passado, o seu ímpeto de fúria o faria um corpo sem vida... Mas a sua busca de respostas o refreava.
Antes de enfrentar o passado, olhava para o emblema no seu bracelete. Isto o lembrava que pertencia a um grupo de amantes da vingança. Eram os ANJOS CAÍDOS Presos a passados mal resolvidos, eles não eram humanos, pois a ira os privava de tal condição. Para eles a morte era a resposta para seus enigmas. Espectro caminhava para a boate SUBITTUS, possesso do sentimento que o alimentava, encontraria o ponto final para o seu passado...
AUTOR: TALES SANTOS PEREIRA
QUESTÕES DE IDENTIDADE
Ver-me não significa nada
Tenho uma boca
proclamadora de perjúrios e insanidade
oradora de desastres e infortúnios
Tenho olhos
visualisadores de todo escárnio humano
sempre atentos ás desagruras do tempo
Tenho ouvidos
ouvem pavores de morte e demência
prontos para escutar profecias de morte
Meu paladar
prova de todas as amarguras
saboreia com sadismo as conspirações do universo
Meu tato
se apega aos prazers da carne
apalpam o fulgor da libido
Meu corpo
é orbe vazio
recipiente de sentidos céticos
Meu espírito
é um fantasma qualquer
sem nenhuma provisão a cumprir
Mas sendo eu...
sendo ESPÍRITO
sendoCORPO
TATO
PALADAR
OUVIDOS
OLHOS
BOCA
SOU GENTE!!!!
GENTE....
GENTE OU FERA?!
Tales S. Pereira
Tales S. Pereira
SENHORA DA CALMA
Lanço o olhar vago
Sobre o céu estrelado
Limpo e belo
Espetáculo de constelações
Lá está ela
Iluminando a noite
Distante e sozinha
Seu semblante pálido e luminoso
Orbita em pleno silêncio
Não ruma a odisséia do espaço
Contempla-se nos espelhos d'agua
Dona das fases
Dona das noites
És senhora dos segredos
Ouvi a pavorosa orquestra das corujas
Acompanha o horrível vôo dos morcegos
Recebe as ofertas dos cachorros, os seus uivos
É sempre terna e fleumática
Tens o controle dos mares
E as vezes banha-se em suas águas turbulentas
És senhora do silêncio
E que o silêncio expresse sua beleza
Tales S. Pereira
Tales S. Pereira
sábado, 1 de janeiro de 2011
REFLEXO DE TRISTEZA
Ao ver-me no espelho
Vejo uma figura oblíqua
Longínqua, posto que espectro
Deparo-me com a assombração
Branda e lépida
Trata-se de um reflexo
Uma brincadeira insossa do espelho
Que insistem em mostrar-me como sou
Das mais diversas aparências
Enfim, saio de casa...
Mas antes, ponho a minha máscara
E fantasio-me do caráter que me cabe!!!
Tales S. pereira
SENHORA DE AVALON
És memória dos mistérios
Dos segredos divinais
Dos velhos símbolos paupérimos
Cuidado não os profanais
Celebra em rito de prazer
A doce lua que a contempla
Funde os seres num ser
Delicado orgasmo que ainda lembra
Olha em teus espelhos naturais
O futuro inalcansável.
Feitiços doces.Por favor, clamai!
Poder que em ti era viável
Perde-se em tua bruma
No nevoeiro, véu consagrado
Esconde tua Visão na espuma
Na pele sente o fogo do agrado
Teus arfares são singelos
Provocantes e mortais
Serva cujo semblante é tão belo
Não a compreenderia jamais
No pacto da vida união
Junta-se ao seu oposto, o homem
Ardem numa fogueira de ilusão
Num ato acelerado se consomem
Admira a força vital de um ramo
Tuas insígnias nunca provarei
Pulsa latente o sangue do gamo
Ao vencedor o título: Gamo-rei
Dedica-se humildimente à afagos
Mãe és, devido a sua ternura
Senhora divina, Dama do lago
Governas Avalon com tamanha brandura
Tales S. Pereira
O QUE RESTOU DE MIM?
Entreguei-me e não saciei
Vontade ardente de querer mais
E todo sentimento entreguei
Para somente ter teus "ais"
De toda culpa minha destruí
Para em troca teu doce amor receber
Em teus ásperos espinhos me feri
Martírio meu para entorpecer
E da mais pura loucura provei
Da concentrada insania me perdi
E de ti doses de frialdade recebi
Tuas ferozes punhaladas levei
Do teu corpo apenas em ossos toquei
Sem sentir o gosto da carne ardente
Em vã luxúria destruí-me e pequei
Tomando uma taça de teu veneno de serpente
E por puro desgosto adormecia
lembrando da agonia sem fim
Perguntando por que por ti vivia
E lamentando: O que restou de mim?
Tales S. Pereira
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