MEU MUNDO DE PALAVRAS...

      screver é uma prazerosa arte, de lidar com o imprevisível, de retratar o impossível, de fugir e inventar o visível, de materializar o invisível. Tudo o que se cria foge para um mundo onde possa ser realizado, onde possa ganhar forma e vida, onde encontre um espaço para seus personagens e ações. Eis a cabeça do leitor, a "grande vítima" das palavras, elas o rondam, o perseguem até persuadí-los e fazê-lo refém de suas tramas e versos. Vendo o poder das palavras, vi a possibilidade de também criar um mundo, e fazê-las minhas companheiras. Difícil missão, para ser poeta tem de levar um pesado cargo, um que um certo iatabirano revelou. E foi num sonho... Quando nasci um anjo, desses que vivem na sombra, disse:-Vai Tales ser gauche na vida!!!! E a isto me reduzi, fadado ao crime e castigo de ser poeta torto,assim como aquele mineirinho itabirano. E desde então, tenho oferecido a minha vida como um servo das palavras, contemplando o seu poder, e parado no tempo perplexo com o seu poder exclamei com Cecília: - Ai palavras, ai palavras, que estranha potência a vossa!É num momento de êxtase, nem ritus de ourives, vou escupindo na áspera página em branco, as palavras ardentes, intensas, inquietas, vívidas. E foi assim que descobri, junto com Clarice, um dos propósitos de escrever:"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada." Eis a minha missão, relatar o que a vida me propõe, momentos de insania e lucidez, momentos de tristeza e alegria, um jogo de luz e sombra, o vôo de uma borboleta, uma gota de água... Enfim, relatar o que cada palavra de trouxer de obrigação... E trazer a cada leitor a beleza de meu ofício!!! 
SEJAM BEM-VINDOS AO MEU
                                               
                                      
                               

domingo, 2 de janeiro de 2011

A VINGANÇA DE ESPECTRO- PROJETO DE LIVRO


 PRÓLOGO

Em meio à cidade escura e sitiada, onde o submundo encontrava forma, Espectro rondava com uma sede de vingança oculta as normas sociais. Rastreava um alvo pouco definível, mas que lhe revelaria a dor de um passado distante. Ao falar em passado restava a Espectro um grande abismo de incertezas, o que gradualmente aumentava o seu instinto de vingança. Sob a chuva decadente, os vultos do passado o forçavam a travar aquela batalha, uma batalha contra o desconhecido...
Nem tão desconhecido... Ao revirar o seu mundo de lembranças diáfanas, uma tomava destaque... O sangue jorrava na sala de estar, pouco a pouco avançava sobre os ladrilhos, até alcançar uma pobre criancinha, debaixo do sofá, manchando sua roupa branca celeste... Vendo o corpo sendo arrastado, desprendia-se de sua garganta um grande grito: - Pai!
Um altivo trovão interrompera o seu momento de torpor, o seu alvo fora identificado. Apesar de mascarado pela ação do tempo, o seu coração o cortava de agonia e luto. Sentia que aquele homem teria as respostas para o seu passado, o seu ímpeto de fúria o faria um corpo sem vida... Mas a sua busca de respostas o refreava.
Antes de enfrentar o passado, olhava para o emblema no seu bracelete. Isto o lembrava que pertencia a um grupo de amantes da vingança. Eram os ANJOS CAÍDOS Presos a passados mal resolvidos, eles não eram humanos, pois a ira os privava de tal condição. Para eles a morte era a resposta para seus enigmas. Espectro caminhava para a boate SUBITTUS, possesso do sentimento que o alimentava, encontraria o ponto final para o seu passado...

 
AUTOR: TALES SANTOS PEREIRA

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