És memória dos mistérios
Dos segredos divinais
Dos velhos símbolos paupérimos
Cuidado não os profanais
Celebra em rito de prazer
A doce lua que a contempla
Funde os seres num ser
Delicado orgasmo que ainda lembra
Olha em teus espelhos naturais
O futuro inalcansável.
Feitiços doces.Por favor, clamai!
Poder que em ti era viável
Perde-se em tua bruma
No nevoeiro, véu consagrado
Esconde tua Visão na espuma
Na pele sente o fogo do agrado
Teus arfares são singelos
Provocantes e mortais
Serva cujo semblante é tão belo
Não a compreenderia jamais
No pacto da vida união
Junta-se ao seu oposto, o homem
Ardem numa fogueira de ilusão
Num ato acelerado se consomem
Admira a força vital de um ramo
Tuas insígnias nunca provarei
Pulsa latente o sangue do gamo
Ao vencedor o título: Gamo-rei
Dedica-se humildimente à afagos
Mãe és, devido a sua ternura
Senhora divina, Dama do lago
Governas Avalon com tamanha brandura
Tales S. Pereira
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