Ao observar o velho crepúsculo
Oscila a vontade de perpetuar o passado
Da força viril, lembrança do músculo
O mundo caótico, mero fato a ser reciclado
Teus templos arderam em chamas
Os sacerdotes em vil pavor amedrontados
A vil cólera que tanto amas
Passado torpe despedaçado
Lembra-te da aurora cintilante
Do furor da primavera
Restou-nos a fuligem mutilante
Do pavor sufocante da era
Ardem as flâmulas de ordem e respeito
A inquisição festejada com apreço
A constituição deturpado pelo direito
O divino mitificado pelo medo
Brado de infâmia culminante
Luto piamente proclamado
Sábios, patéticos incrédulos pendantes
Pavor histérico germinante
Os trovões foram calados
Os relâmpagos completamente ofuscados
Teus fenômenos das nuvens rasgados
Tributo a miséria, seguidores desalmados
A chama da justiça prudente
converge em destruidora locupleta
Devora humildemente
A humanidade indigesta
Oh! Povo soergam das cinzas
Mostra a tua rutilância, a qual tinha
Igualdade e fraternidade ruíram
Tece à morte um paradigma
Vil cadáver, verme genético
A felicidade é indigna
O prazer é cético
Bailam em êxtase as máscaras
Que ocultam as feras destemidas
Temem a revelação às claras
Se sentem ofendidas
Voa, Fênix do cativeiro desesperada
Renascer não é preciso é perigoso e mortal
Numa galáxia atordoada
Profanar o divinal
O resto é cinzas
Que convergem em caos
Habituar-se é apenas uma questão
Podre humanidade, pratica a arte de cultivar o mal
AUTOR: Tales S. Pereira
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